Eu estou errado. Estive. Não sei. Faz tempo que não abro a boca por aqui. E volto para soltar algumas palavras boa e más. Tantos dias se passaram. Tantas trilhas sonoras, tantas cenas, tantos movimentos, olhares, bocas, carinhos, palavras, atos, fatos, boatos, enfim, tanta vida. Desde do dia 25 que não escrevo. Muitos relatos. Como diria SatanicGirl: "Cada post é um livro aqui". Esse vai ser "Os Miseráveis", do Victor Hugo, de grande que é.
Dia 26. Um breve relato do último dia da minha outra vida.
Foi meu último dia usando aquela farda medonha e cor-de-abacate. Já cheguei atrasado. Não fiz nada a manhã toda, aliás, eu escutei música o dia inteiro. Doze horas, sai do Resource Center, pela última vez sendo um monitor. Fechei tudo e me mandei. Aí foi só felicidade. De noite, festa surpresa pra Carol de Minas.
Na quinta (dia 27), fui homologar meu contrato (que significa: assinar a recisão em frente do pessoal louco da CUT) na CUT. É muito massa lá. Você tem que ir junto com seu patrão para homologar, no meu caso, quem foi comigo foi a Assistente Admnistrativa, Soni, que amigona minha. Aí eles tratam mal pra caramba o "patrão" e super bem o cara que tá sendo desempregado. Parace que os patrões são monstros maus e que só querem demitir e contratar, demitir e contratar. É uma loucura.
Na sexta (dia 28), não lembro o que eu fiz. Sei que fui pro POS, mas só quem tava lá era May, aí nem rolou.
No sábado (dia 29), eu finalmente finalizei um probleminha que tive com uma menina de Patos, a qual não irei entrar em detalhes. Esse sábado, foi a última vez que vi André Prodigy. Ele tava passando com o carro em frente do Café Empório e eu me joguei em cima do carro. Depois ele apareceu por lá e a gente conversou sobre os peixinhos de Garanhuns, que foi uma piada que fiz em um comment que só ele entendeu, pois ele tava no meio da história. Que ele descance em paz.
No domingo (dia 30), não lembro o que fiz. Sei que a semana que veio depois foi uma das mais agoniadas que tive. Foi a semana pre-filmagem de Até que Sofia Coma. Correria do trabalho pra comprar fita, ligar pro cara dos refletores, combinar ensaio, ligar pro povo pra falar sobre personagem e figurino. Foi um bauaê danado (seja lá o que for um bauaê!). Chegou a sexta (dia 4), primeiro dia de filmagem, e eu não tinha arranjado boa parte das coisas pro filme. Ainda tinha que trabalhar oito horas e depois tentar resolver essas histórias. Mas com a ajuda do pessoal do filme, principalmente Bia e Suzy, eu consegui. Deu cinco e vinte da tarde e eu ainda não tinha os refletores, que era a única coisa que faltava. Liguei pra TelaSat, que faz filmagens e apresentações, pra ver se arranjava os refletores, mas eles tercerizam o serviço. Liguei pro Modesto, que é o iluminador que trabalha com a TelaSat: tavam todos os refletores em Campina Grande. Aí o Modesto me deu o telefone de Pedro, um cara aí (eu disse cara a í! não carai!), que tinha dois refletores pra alugar: Cem Paus. Dois dias: Duzentos. Correria pra cá, vontade de fazer cocô pra lá, falta de galosina aqui, muito equipamento acolá e cansaço em extremo. Pronto, cheguei na casa de Cê (set de filmagem) às oito e meia. Arruma set, come, testa câmera, arruma storyboard, localiza câmeras, testa luz, prepara os atores e bora filmar!!! Cinco e meia da manhã, a gente desligar tudo, arruma tudo e vai todo mundo embora pra casa que mais tarde tem mais filmagem. Oito horas da noite do Sábado, começamos a filmar novamente. Prazo com dois atores, foi uma correria só. Seis horas da manhã, filmamos a última cena e pronto! Vamo pra casa que eu quero é dormir. Só que eu tive um pesadelo e ainda mais tava muito tenso, aí dormi sete horas só. Ai que ódio! Domingão, fomos assistir o filme na casa de Cê e depois fomos pra casa de Larissa, que tava tendo o aniversário dela. Foi quando soubemos que André tinha sofrido um acidente e tinha falecido. Foi muito ruim aquela hora. Tanto pensamento em tão pouco tempo.
Bem, aqui estou hoje, terça-feira. Meio que trabalhando. Abraço pros mano e beijo pra prima.
Filmes. Muitos filmes.
O Pianista, do Roman Polanski. Que filme do caralho. As imagens são meio que lembranças do Roman Polanski que esteve preso em um gueto na época da Segunda Guerra. Todo o filme é sensacional. Não irei me prolongar nos comentário dos filmes, se não vocês não terão coragem de ler tudo. Muito recomendado.
O Closet, do Francis Veber. Esse filme é hilário. O Gérard Depardieu tá fantástico, assim como o Daniel Auteuil (protagonista). O cara tem que fingir que é homossexual pra empresa não demitir ele, pois, se demitir, pode ser processada por preconceito. Muito bom. Assisti no festival de cinema francês no Mag, mas sei que tem pra alugar na Master (nos Bancários).
Por hoje é só pessoal.
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