Vamos que vamos
a gente nos picos chilenos
POEMA COMEÇADO NO FIM
Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando: parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear, eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres, e o sol da tarde, imaginai o que era o sol da tarde sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.
Adélia Prado, a qual vem se revelando vidente dos meus passos
É nesse encosto de madeira, uma cadeira de outrora, que apoio todo o peso sobre meus ombros. Me estabeleço em equílibrio comigo mesmo. Você me pergunta: "queres a dança?". Mas insistes em negar tua própria pergunta. Porque? Se não queres a dança, deixa que eu danço só. Os passos eu criei de noite, do final do domingo. Tava com um sorriso na cara e a esperança nos olhos. Ah esperança maldita! Cria tanta coisa na nossa cabeça. Eu queria ser um liquidificador, pra titurar todas as coisas e fazer uma baita vitamina sem gosto nenhum. Queria sair e comprar um montão de elepês, um tanto pra mim, um tanto pra você. Mas é nesse encosto de madeira que tou agora, pensando na saia rosa de outrora. Aquela maldita!
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