Bule não se basta (um trocadilho sonoro a uma banda)
Acordo com aquele imenso seio na minha testa. O que sou? Onde estou? Acordo apenas os olhinhos, meu corpo ainda estático. Não movo nada. Apenas olho. Dali, vejo um umbigo, amigavelmente lindo, uns pêlos pubianos e um joelho fino. Estou certamente no caminho certo do olhar. Como cheguei aqui? Como vim parar nesse cantinho? Consigo ver que o dia já raiou, mais ainda mantém os tons alaranjados de um sol preguiçoso. Sinto um tremor e de repente, bang!, uma mão cai sobre minha cabeça. Ainda imóvel, apenas meus olhos ficam com medo. Eles piscam, olham pra cima, tentam encontrar uma continuação daquele braço. Começa um movimento nos fios finos, passa a englobar toda uma mecha e em poucos segundos está acontecendo um movimento divino: um cafuné! Oh Deus! Obrigado por criar o cafuné, divino.
E para todos um chá de erva doce, sempre atento que um bule não se basta.
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