Árvores secas ao léu
Afinal chegou o outono.
Cai a última folha. Caem algumas gotas. Caem várias. Afinal é outono, sessão das gotas, das mortes, das quedas, das idas, do equinócio, do frio. Adoro frio, mas não gosto do outono. Nasci no outono, mas sou ovelha desgarrada. É a hora em que as coisas que deviam ter plenitude, acabam envelhecendo e morrendo. Mas sigamos a continuidade de tudo. Tudo há de ser verde novamente, para que possa haver outro outono. E lá vamos nós.
Daí chega o inverno, ou inferno. Boba letra que se confude. Pra quem tem artrite, é uma delícia de sessão. E tem alguns que até curtem uma dor no inverno. Há aqueles que preferem fugir e os que se mantem escondidos. Fico na classificação dos que sentem dor no inverno. Afinal, não haveria clímax nessa história, se eu ficasse com os que fogem. Por isso, vou acabar fugindo e acabando a história por aqui, sem clímax mesmo. Deixa eu passar como um vento frio na sua barriga, como um sono na rede numa varanda sob a chuva. Chocolate quente, por favor.
"Quero que você me aqueça..."
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