canarvalismo e outras histórias marítmas
Foi quando ele parou. Parou e olhou aquele mar infinito, aquele bando de luzes dançando num véu aquático, um reflexo do deus sol, puro e sutil desenho divino. Ali ele olhou, olhou e olhou para todos os detalhes, tentando encontrar pistas do que viria a pensar em seguida. E dentro de sua cabeça, pensou em várias linhas de pensamento, em possíveis conquistas, perdas e descobertas. E fez uma grande descoberta. Parou para pensar que na verdade a vida é como a praia. O mar ali na frente é o mundo, imenso, infinito, cheio de possibilidades. E ele se encontrava ali, diante do mundo, acompanhado por outras pessoas de vestimentas mínimas, porém completamente solitário. Se percebeu sozinho em si, em dó, ré, lá, mi, em mim. Se percebeu "eu", e por isso conseguia enchergar tudo que ali estava. Até que o vento lhe assobiou uma pergunta: "Se a vida é isso, qual o sentindo dela?". Ele parou novamente, pensou novamente. Suas sombrancelhas se engilhavam de tanto pensar. Até que saiu debaixo da sua língua, a resposta em apenas uma palavra: "Nadar."
"Continue a nadar, continue a nadar"
3 Comments:
eu não digo é nada. você já sabe que sou muito sua fã. :) linda essa referência a hesse...
e se a vida não é isso, o que será ela?
"uma onda, mesmo ganhando o nome de onda, não deixa de ser o oceano"
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