tobor e o amanhecer antecipado em seu dia.

vida simples, pensamento elevado.

sábado, agosto 4

voltando na poesia

fazem oito anos que num poetiso, um pouco de ar fresco e liberdade.

Senhora

Me mata bala maldita
Me acerta bem no peito
Me faz da última mordida
Me arranca o respeito
Se me erras na partida
Que me encontres na saída
Pois pra mim não tem jeito

Me vem depressa voando
Vinda do punho certeiro
Como que piscada de malandro
Com a pólvora de cheiro
Num compasso dançando
Entre átomos de um tango
No passo mais que perfeito

Caio de bruços no chão
Meu sangue me invade a alma
Meus olhos turvos de água
Me isolam da multidão

Agora sou eu e dona morte
Essa senhora que não tem calma
Diante do meu grande trauma
Me atinge na alma uma dor tão forte

1 Comments:

At 5:50 PM, Blogger raquel medeiros said...

e depois os meus dedos é que são os afiados. tsc tsc

um poema cortante, eu diria. sinto o cheiro da pólvora daqui.

cuida desse coração, visse?

=*

 

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