tobor e o amanhecer antecipado em seu dia.

vida simples, pensamento elevado.

segunda-feira, julho 5

Why does my soul, feel so bad Constatin?

Perdón. Yo soy la desintegración.

- E todas aquelas manifestações artísticas de que já lhe falei cessaram. Foram-se com o vento. Bolinhas de ar, talvez. Talvez encubidas em apenas transtornar a mente dos não-pensantes (coisa que, para mim, não há sentindo algum), cessaram por não atingir seu público alvo. Melhor, não erraram, acertaram o público errado.
- Que público?
- Dos públicos.
- O público dos públicos.
- Sim, os deuses.
- Mas que pensamento politeísta é esse?
- Da forma como você fala, pensar dessa forma é errôneo. Mas acredite, minha cara, que esse pensamento talvez seja o dos mais certos.
- Não sei. Pra mim isso é papo de grego.
- E olha onde eles chegaram com esse papo.
- É. Não sei. Agora você me deixou confusa.
- Não era a intensão. Mas vamos clarear algumas idéias. Acredite que na verdade, a manifestação artística que lhe falei não atraiu aos "não-pensantes" e muito menos ao considerados "pensadores" da época. Essa manifestação enfeitiçou os olhos dos deuses.
- Como você sabe?
- Conte quantos arco-íris você vê agora no céu.
- Um, dois, três... nove, dez... Minha nossa. Não tinha percebido.
- Pois bem. A chuva e o sol, enviadas pelos deuses, é que provocam essa manifestação artística. Agora conte quantas flores amarelas você nessa avenida.
- Nossa! Existiam tantos ipês aqui?
- São os deuses, minha cara. Eles estão criando e não estão pra brincadeira.


- Mãe, olha só aquela pomba!!!
- Aquilo é um cisne, Constatin! Um cisne!