Complenitudiando a companhia da compania
Seja lá o que for isso. Eu sei, eu errei. Antes até cheguei a ver aranhas fazendo suas teias, mas contratei uma boa compania de limpeza. Acredito que a poeira, de certa forma, protege o que tem por baixa (ou corrói, sei lá).
Bergman me socorra!
- Que filme é esse?
- Morangos Silvestres.
- Pornô?
- Só se for essa sua cabeça doentia!
- De quem?
- A sua, Alfredo! Deixa de ser burro.
- De quem é esse filme?
- Ingmar Bergman.
- E daí?
- "E daí" o quê, Alfredo?
- E daí? Qual a história?
- Ah, vai lê a sinopse na capa.
- Num tem capa, tem um papel xerocado de locadora.
- É sobre um homem.
- Só isso?
- Ah! Num sei, Alfredo! Ainda num assisti!
- Tá.
- ...
- ...
- ...
- Quem é esse?
- Sei lá. É algum amigo do cara ali.
- Hum.
- ...
- Amor...
- Que é, meu santo Deus? Que é?
- Você sabe o que eu trouxe pra você?
- Não.
- Morangos.
- Ah foi?
- Foi. Você adora morangos.
- É.
- Num vai me dá um sorriso?
- Eu ainda não vi os morangos.
- Estão ali na cozinha. Quer que eu pegue?
- Macacos me mordam, Alfredo! Deixa eu assistir o filme!
- Tudo bem. Vou pra cozinha, comer seus morangos.
- ...
- ...
- ...
- Hmmm. Que delícia de morango.
- Cala a boca, Alfredo.
- Vem comer, vem (desgraçada).
- ...
- Olha aqui.
- Que é isso?
- Morangos silvestres.
- Endoidou?
- Só se for essa sua cabecinha doentia!
- Como é?
- Claro que come! Vai comer tudinho!
- Você tá louco?
- Não. Tou relendo o roteiro. Mudando suas falas e te destruindo por baixo, amorzinho.
- Como é que é?
- Agora é a hora do caixão.
- Alfredo, solta essa faca!
- Que Bergman te socorra, Socorro!
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